Levando o Inglês para casa

Acervo ampliado e novos estímulos aumentam o interesse dos alunos por livros estrangeiros.

As travessuras do menino David, as brincadeiras dos irmãos Charlie e Lola e os passeios da ratinha Maisy nunca foram tão populares entre os alunos da Educação Infantil e do Fundamental I. Pelo menos, é o que parece indicar o número de empréstimos de livros em Inglês da Biblioteca do Sabin, que, em relação a anos anteriores, tem crescido enormemente entre alunos dessa faixa etária.

Apenas no primeiro mês letivo do ano, 530 obras de literatura infantil ou infantojuvenil em língua inglesa já haviam sido emprestadas a alunos do Colégio – quase três vezes o total dos primeiros três meses de 2018 (186 empréstimos). E, entre essas obras, lá estavam autores favoritos da criançada, como David Shannon (David Goes to School; No, David!), Lauren Child (coleção Charlie and Lola) e Lucy Cousins (coleção Maisy – a Ninoca, na versão em Português). Mas as professoras têm parte da responsabilidade por esse renovado interesse dos alunos pelos livros estrangeiros.

Segundo Denise Araújo, coordenadora do Departamento de Inglês do Sabin, há anos existe no Colégio um projeto de incentivo à leitura voltado para turmas do Maternal ao 5º ano, que prevê visitas semanais à Biblioteca, nas quais os alunos ficam livres para consultar prateleiras, folhear livros e, se assim quiserem, levar qualquer um para casa. Sem fichamentos, sem provas, sem cobranças posteriores. Até 2017, porém, quase todos os livros escolhidos pelos alunos eram títulos brasileiros ou traduções em português. Até que a equipe de Inglês resolveu agir.

“Em 2018, começamos a abrir os olhos dos alunos para o nosso acervo”, diz Denise. “A cada mês, uma das visitas semanais era focada nas obras em Inglês; as professoras foram orientadas a apresentá-las às turmas, fazer propaganda”. Sempre que um livro era lido em sala de aula, diz a coordenadora, aproveitava-se a oportunidade para divulgar a Biblioteca: “Gostaram desse autor? Tem mais livros dele lá”. O mural ao lado da porta da Biblioteca foi transformado num English Corner, com dicas e pequenas resenhas de obras que poderiam interessar aos alunos. E o planejamento pedagógico do Fundamental I passará a adotar, em 2019, duas leituras compartilhadas de livros em Inglês por ano (até 2018, era um título apenas).

Além disso, novos investimentos fizeram o acervo
quase quintuplicar: de 254 exemplares que havia no fim
de 2017 (abrangendo 164 títulos), subiu a 1.214 exemplares
(560 títulos) no início deste ano.

Segundo a assessora de Inglês, Renata Cunha, os resultados se notam no dia a dia. “Os alunos têm trazido mais coisas novas para as aulas, coisas que leram em livros e querem compartilhar com a classe”, diz ela. E, se havia receio de que alguns pais se sentissem constrangidos com os filhos levando mais livros em Inglês para casa (“a leitura em casa, principalmente dos mais novos, costuma ser feita com os pais, e alguns podiam não saber o idioma”), a equipe logo viu que não precisava se preocupar. “Mesmo o ‘brincar de ler’, qualquer aproximação com as palavras em Inglês – os nomes das cores, das formas, dos bichos –, já é um estímulo importante”, diz Renata.

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